sábado, 31 de janeiro de 2009

Modelo infectada morreu na madrugada de sábado

A modelo capixaba Mariana Bridi, 20 anos, que amputou mãos e pés após infecção urinária, morreu na madrugada deste sábado, segundo informaram funcionários do Hospital Dório Silva, na cidade de Serra (ES).

Internada desde o dia 3, Mariana morreu por volta das 2h30 deste sábado, "em decorrência de complicações de uma infecção generalizada gravíssima", de acordo com a secretaria de Saúde do Estado.

O corpo foi levado para uma funerária em Vila Velha, onde foi preparado para o sepultamento, e chegou a Marechal Floriano - cidade natal da modelo - por volta das 11h.

O pai, Agnaldo Costa, comentou o fim trágico da luta da filha. "Deus quis que ela ficasse com ele e está confortando nosso coração", declarou. Familiares da modelo também relataram que ela estava com uma expressão serena, indicando que morreu em paz.

Diagnosticada com uma infecção urinária que atingiu os rins e se espalhou pelo corpo, Mariana permaneceu na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) desde que foi internada.

Conforme informações da secretaria de Saúde, a modelo chegou ao hospital com choque séptico (falência dos órgãos por infecção generalizada), causado por bactérias da espécie estafilococos e Pseudomonas aeroginosa.

A amputação dos pés, devido a um problema de circulação sangüínea, ocorreu na semana passada. Na última segunda-feira, ela teve que ser submetida a uma cirurgia para amputar as mãos. Mariana também teve uma parte do estômago retirada.

A modelo tinha sangue tipo O negativo - que só pode receber doações do mesmo tipo - e passou por várias sessões de hemodiálise e transfusões, consequência das hemorragias e da paralisação dos rins.

Mariana começou a carreira aos 14 anos e foi finalista das edições de 2006 e 2007 do Miss Mundo Brasil. Na primeira vez em que participou da competição nacional, ela conseguiu o quarto lugar. Além disso, foi convidada a representar o Brasil no concurso Face of the Universe, realizado em Gana.

Ela também representou o Brasil no Miss Bikini International 2007, quando esteve em Hong Kong, Taiwan e China. Na competição, ela ganhou o prêmio de Mais Belo Corpo e foi a sexta colocada no concurso que aconteceu em Xangai, entre 50 candidatas.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Dormir pouco deixaria o organismo mais susceptível à gripe!

Dormir menos de oito horas por dia torna o organismo vítima fácil do vírus da gripe. Essa foi a conclusão de pesquisadores da Universidade Carnegie Melon, em trabalho publicado na revista "Archives of Internal Medicine" de 12 de janeiro. A quantidade e a qualidade do sono podem afetar o funcionamento do sistema imunológico, baixando as defesas do corpo.


Um grupo de 150 voluntários saudáveis teve sua quantidade e qualidade de sono registrados durante 14 dias. Os especialistas consideraram o limite de 8 horas de sono como ideal. A qualidade do sono foi avaliada pelo tempo em que os participantes realmente estavam dormindo quando estavam repousando.


Após os 14 dias os voluntários foram inoculados com o vírus da gripe através de gotas nasais contendo rinovírus. O mecanismo foi escolhido por replicar o que acontece no mundo real. Os sintomas de um quadro gripal típico apareceram em alguns dos participantes, como esperado.


O cruzamento dos dados mostrou que existe uma relação direta entre o sono e a instalação dos quadros virais. Dormir sete horas ou menos por dia aumentou em quase três vezes a possibilidade da gripe se manifestar. Outro achado importante foi o de que a qualidade do sono também afeta a defesa orgânica. Perder 10% do tempo de qualidade do sono pode aumentar em mais de 5 vezes a chance de ficar gripado quando infectado. Segundo os pesquisadores, a produção de substâncias que regulam a resposta imunológica, chamadas de citocinas, fica comprometida pela falta de sono.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Nasce menina britânica selecionada para não carregar gene 'cancerígeno'

Médicos do University College de Londres anunciaram o nascimento de uma menina selecionada geneticamente para não carregar uma versão alterada do gene BRCA1, a qual pode acarretar um risco de até 80% de desenvolver câncer de mama ou de ovário. A informação é da rede americana CNN. O diagnóstico ocorreu após um processo de fertilização in vitro: embriões gerados em laboratório pelos pais da menina foram selecionados, sendo escolhido para implantação no útero apenas o que não carregava a versão "maligna" do gene.

Foto: Reprodução

Embrião com oito células, fertilizado in vitro (Foto: Reprodução)

O governo britânico autoriza desde 2006 esse tipo de teste. Os pais da menina decidiram fazer a seleção de embriões porque, nas últimas três gerações da família do marido, havia ocorrido o diagnóstico de câncer de mama em mulheres na casa dos 20 anos.

Em entrevista à rede britânica BBC, o especialista em fertilidade Paul Serhal, que acompanhou a seleção dos embriões e a gravidez, afirmou que o grande legado do nascimento "é a erradicação da transmissão dessa forma de câncer, a qual fez essa família sofrer por gerações". Como o diagnóstico da alteração genética é feito em embriões com apenas oito células, os especialistas também argumentam que ele evita a realização de abortos, caso a anomalia fosse detectada mais tarde ao longo da gestação.

No entanto, críticos do procedimento apontam que o gene alterado envolve apenas uma probabilidade do aparecimento da doença, não uma certeza, e sua presença não sugere que o problema será incurável. Também criticam o tratamento de embriões humanos como material descartável e afirmam que, no longo prazo, a popularização desse tipo de técnica pode levar à criação de "bebês por encomenda", apenas com as características genéticas desejadas pelos pais.

Se isso acontecer mesmo, porém, não deve ser algo para já. O custo do procedimento hoje ultrapassa os US$ 10 mil. É importante lembrar que, se o risco de câncer de mama ligado à mutação do BRCA1 foi eliminado, nada impede que a menina desenvolva câncer por outros motivos ao longo da vida.