A partir de janeiro do ano que vem, as vítimas de parada cardíaca em Nova York serão encaminhadas aos hospitais que as possam tratar com hipotermia (redução brusca da temperatura).
A recuperação de uma vítima de parada cardíaca traz enormes desafios aos sistemas de emergência. Devem existir desfibriladores automáticos em locais de grande concentração de população. O treinamento de pessoas leigas que possam prestar atendimento básico deve ser disseminado. Além disso, é preciso coordenar sistemas de resgate avançado que possam chegar rapidamente ao local de uma parada cardíaca.
A hipotermia, que consiste na diminuição da temperatura corporal a níveis abaixo dos 35 graus Celsius, tem se mostrado eficiente na preservação das funções cerebrais de pacientes que foram recuperados de uma parada cardíaca.
Para que a medida pudesse ser implementada, a Associação dos Hospitais de Nova York estudou as evidências científicas sobre o método e estimulou os serviços de emergência a equiparem suas unidades para utilizá-lo.
Dados promissores
Em trabalhos científicos publicados na revista "The New England Journal of Medicine" a melhora das chances dos pacientes tratados com hipotermia foi significativa. Os pacientes que mais se beneficiam do tratamento hipotérmico são as vítimas de uma parada cardíaca por arritmia, revertida com uso de um desfibrilador elétrico e atendidos por uma equipe de resgate avançado a tempo.
Várias cidades do mundo tem hospitais capacitados a oferecer esse tratamento, inclusive no Brasil. A maior dificuldade é conseguir resfriar o paciente e controlar a temperatura sem variações.
O que torna essa decisão mais importante é o tamanho da cidade de Nova York e a informação de que mais de 20 centros de emergência já informaram estar capacitados a receber os pacientes a partir de janeiro de 2009. Esse é um avanço da medicina, que mostra como pesquisas científicas podem chegar ao mundo real muito rapidamente.
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