As mulheres que apresentam um quadro de depressão após os 50 anos têm um risco maior de sofrer do coração mesmo quando não têm, previamente, os fatores de risco tradicionais para as doenças cardiovasculares.
O estado depressivo já foi ligado às doenças cardíacas nos homens, porém o impacto das alterações psíquicas na saúde cardiológica das mulheres nunca havia sido estudado até agora. A descoberta está baseada na análise de dados de uma ampla pesquisa realizada pelo governo americano, voltada para a saúde das mulheres.
Durante quatro anos, em média, os pesquisadores estudaram mais de 90 mil mulheres, que foram avaliadas para presença de depressão no início do estudo e quanto ao aparecimento de doenças cardíacas e sua relação. Os resultados mostraram que as mulheres que tinham um diagnóstico de depressão ao entrar na pesquisa mostraram também 50% mais chance de desenvolver doenças cardiovasculares.
Mesmo quando eram levados em conta os fatores de risco para doenças cardíacas, a depressão estava ligada a um risco aumentado de ter um infarto ou acidente vascular cerebral. A importância dessa pesquisa está no fato de que a depressão pós-menopausa é muito comum e muitas vezes negligenciada pelas mulheres e infelizmente por seus médicos. A identificação dos sintomas depressivos e seu tratamento adequado podem diminuir a ocorrência de eventos vasculares cardíacos e cerebrais.
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