O uso de paracetamol (antipirético e analgésigo) durante a vida intrauterina, infância e, também, na idade adulta pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças alérgicas como asma e rinoconjuntivite. Em crianças de seis a sete anos também é comum o diagnótico de eczema após o tratamento com a substância. Esses dados são conclusivos de uma pesquisa realizada pelo Programa de Estudo Internacional de Asma e Alergias em Crianças (ISAAC), publicada recentemente na revista científica The Lancet.
De acordo com o estudo, que contou com as informações fornecidas por pais de mais de 200 mil crianças em 31 países, a exposição sem acompanhamento médico ao paracetamol pode ser um fator de risco para o desenvolvimento na infância.
“Os pesquisadores descobriram que o uso de paracetamol para tratar a febre aumentava em 46% os riscos de sintomas de asma em crianças de 6 a 7 anos, o que reforça a necessidade de maior cuidado na hora de medicar os pequenos”, alerta o patologista clínico do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica/ DASA, Dr. Francis Fujii.
Os autores do estudo recomendam que sejam seguidas as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo as quais o paracetamol não deve ser utilizado de modo rotineiro e só deve ser recomendado para febres superiores a 38,5ºC. A substância é o remédio receitado preferencialmente aos asmáticos devido aos riscos da aspirina e outros antiinflamatórios.
Segundo Dr. Francis, a idéia da pesquisa surgiu por meio da percepção no aumento de casos confirmados de asma no mundo todo, durante os últimos 20 anos. “Uma pesquisa realizada junto a escolares da região oeste da cidade de São Paulo revela que a incidência de doenças alérgicas na infância como asma, rinite e eczema (dermatite alérgica) é maior do que o diagnóstico médico”.
Coordenado pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, o estudo avaliou a prevalência das três doenças e sintomas relacionados em 3.312 crianças de 6 a 7 anos, por meio do um questionário padronizado pelo ISAAC. Pelos resultados obtidos, as prevalências de asma e rinite mostraram valores elevados - 24,4% e 25,7%, respectivamente - em comparação ao diagnóstico médico da asma (5,7%) e da rinite (20%) na região abordada. De acordo com a patologista clínico, esses dados podem sugerir um subdiagnóstico dessas doenças nos escolares.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Paracetamol aumenta risco de doenças alérgicas em crianças
Segundo estudos da comunidade médica, exposição ao medicamento no primeiro ano de vida pode ocasionar asma e acarretar outras alergias
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Um comentário:
Karamka esse paracetamol é fuderoso mesmo!!!
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